Basta! Esse é o nome do meu blog de protesto!

Sou Daniel Grandolfo, seja bem vindo ao meu blog, aqui eu posto minhas idéias através de artigos e matérias, onde escrevo meus protestos e revoltas, também vou postar aqui outros assuntos que achar relevante.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

O melhor lugar para se cometer um crime

Artigo meu publicado pela revista Veja, link para acesso direto ao artigo no site da revista: http://veja.abril.com.br/complemento/pagina-aberta/melhor-lugar-para-cometer-um-crime.html


Melhor lugar para cometer um crime

Sistema penitenciário é tão falho que preso fica à vontade para usar drogas, comandar mortes e impor suas regras; saída passa por valorizar agentes, modernizar estruturas e impor a lei

* Daniel Grandolfo é presidente do Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo)
O BRASIL É O QUARTO PAÍS DO MUNDO EM NÚMERO DE PRESOS. Somente no Estado de São Paulo são 230 mil, em 166 unidades prisionais, todas superlotadas e muitas com o triplo da capacidade. Não bastasse o caos no sistema penitenciário brasileiro, restam ainda 560 mil mandados de prisão a serem cumpridos no Brasil. Onde vamos colocar tantos criminosos?
Em meio ao caos, estamos nós, agentes penitenciários. Somos a separação entre os criminosos e o estado, aliás, somos a única presença do estado no meio do crime. Juntamente com os presos, somos aquilo que a sociedade prefere esquecer que existe. Aliás, nem mesmo em tempos de crise no sistema, somos lembrados. Esquecem que esses agentes suportam diariamente ameaças, são agredidos nas unidades e, muitas vezes, executados nas ruas pelo crime organizado, simplesmente por exercermos nossa profissão.
O sistema carcerário é tão falho que hoje é o melhor lugar para se ficar impune ao cometer um crime. Lá, pode-se usar drogas livremente sem ser incomodado e comandar mortes e crimes nas ruas e nos presídios. Em São Paulo, inclusive, não há nenhum risco de um preso de uma facção ser morto por outro de facção rival, pois o estado dá proteção, já que divide as unidades entre os grupos criminosos. E mais: se for líder de facção, terá a segurança reforçada pelo estado. Para eles, o crime compensa, pois matam os desafetos e ficam impunes.
E quando tais crimes ocorrem dentro das unidades, mesmo que os agentes presenciem, eles nada podem fazer, a não ser assistir, pois estão de mãos atadas, apenas com um molho de chaves para abrir e trancar celas. Lá no presídio as leis do estado não existem e sim a lei do crime organizado, pois, onde o estado não manda, as facções criam suas leis próprias. Funcionam como um estado paralelo, inclusive com tribunal do crime e pena de morte.
E se o estado sabe que a lei do crime opera nas unidades, por que então não pode intervir? Primeiro, pela falta de infraestrutura das prisões superlotadas, com presos soltos livremente por toda a unidade, o que favorece o crime organizado. Muitos detentos tratam a prisão de “quartel do crime”, outros de “escola do crime”. Os presos que trabalham e têm bom comportamento são hostilizados pelos demais, chamados de "Zé povinho". Presos pagam impostos ao crime organizado e, de tudo que entra na unidade e é vendido, o crime organizado tira sua parte.
No estado de São Paulo, a superlotação impede até mesmo uma simples intervenção em uma cela com 50 presos onde deveriam estar 12. Mesmo que o agente veja um preso utilizando um celular, ele fica impossibilitado de atuar, pois, em um plantão há cerca de 30 agentes em toda a unidade. Além disso, não temos equipamentos para intervir. Mesmo que os agentes de dois turnos se reúnam para uma intervenção horas mais tarde, provavelmente nada encontrarão na cela. A unidade prisional é tão perfeita para se cometer crimes, que, sempre que os agentes encontram algo ilícito na cela, há o “laranja” pronto para assumir. Assim, como o agente não tem condições de investigar, o primeiro que se apresenta como o dono do ilícito ou o responsável pelo homicídio assume o crime. Como mudar isso sem ter poder para investigar? Não há como! Nosso papel é chamar a Polícia Civil para investigar e achar os culpados.
"As facções criminosas cresceram no habitat certo para proliferação e, sem que ninguém as incomodasse, se tornaram tão poderosas a ponto de desafiar o estado"
Baseado nesses fatos é fácil entender o porquê de as facções crescerem tanto dentro dos presídios e se tornarem tão poderosas a ponto de desafiarem o estado. Elas crescem no habitat certo para proliferação e sem que ninguém as incomode. Os agentes penitenciários normalmente levam a culpa pela entrada de celulares e drogas nas unidades prisionais e, geralmente, a sociedade se pergunta como tais ilícitos entram nas prisões. No entanto, não questionam que o governo proibiu a revista íntima nos familiares de presos. Também não falam que os detectores de metais são obsoletos e não pegam drogas. Não dizem ainda que os novos microcelulares não são pegos nos detectores de metais, o que também ocorre com as armas fabricadas em impressoras 3D, explosivos, facas de plástico ou de cerâmica.
Enquanto isso, os agentes penitenciários, que representam o estado, são desvalorizados, sem plano de carreira, com péssimos salários, sem equipamentos, treinamentos e uniformes. Em São Paulo a categoria está há três anos sem reposição das perdas salariais, que já ultrapassam os 20%. Em vez de investir, o governo tem proposto terceirizar as unidades prisionais de todo o país acreditando que assim resolverá o problema do sistema penitenciário. Na verdade, a terceirização dá ainda mais poder ao crime, que sentirá definitivamente a ausência do estado, sem falar que, comprovadamente, o custo é maior. A unidade prisional é um ambiente do estado e ele deve se fazer presente, fiscalizar e punir.
A solução por nós apresentada é ignorada, preferem contratar especialistas que não conhecem de perto as unidades, entre os quais, juízes, promotores, delegados, coronéis da PM, entre outros. O primeiro passo para a solução do problema é não querer colocar nos agentes penitenciários a responsabilidade pela segurança das unidades e a ressocialização dos criminosos. O preso jamais vai aceitar um agente de segurança como ressocializador, e nem temos preparo para isso. Eis aqui a primeira resposta para o fracasso da reabilitação dos detentos no Brasil.
O segundo passo é dar aos agentes penitenciários o poder de polícia, incluindo a categoria no artigo 144 da Constituição, para que possam investigar os crimes nas prisões, como homicídios, tráfico de drogas, destruição do patrimônio e formação de quadrilha, entre outros. Além disso, como polícia, enfrentar o crime organizado dentro das unidades e fazer valer a lei dentro das prisões. Mas para isso é preciso ter poder e legalidade.
O terceiro passo é que o estado invista em infraestrutura. As celas deveriam ser menores e com menos presos para facilitar a intervenção, além de acabar com as unidades abertas, onde os detentos transitam livremente sem qualquer controle. As prisões devem ser automatizadas para evitar o contato direto do agente com a massa carcerária, evitando assim que se tenham reféns, já que qualquer intervenção com reféns dá poder e tempo aos presos nas rebeliões e motins. Também é necessário que se tenha dentro das unidades uma Célula de Intervenção Rápida (CIR), com armas não letais, prontas para agir logo no início de qualquer confusão ou motim. Outras medidas são contratar imediatamente mais agentes, instalar scanners corporais em vez de detectores de metais, para impedir de fato a entrada de celulares, droga e armas, além de bloqueadores de celular em todas as unidades. É preciso, além de comprar equipamentos, treinar e valorizar os agentes penitenciários. Por fim, é necessário acabar com a superlotação.
Essas seriam as mudanças necessárias para um sistema penitenciário ideal e seguro e para que o estado tenha controle total sobre as unidades prisionais e acabe com as organizações criminosas e facções que se proliferam nos presídios brasileiros.

O Imposto sindical é para fazer justiça social



Por que eu tenho que pagar o imposto sindical se eu não uso o sindicato? Por que existem no Brasil 11.327 sindicatos de trabalhadores? Isso é meio de vida para viver de imposto sindical?

Faço questão de abrir o texto com essas que são algumas das principais perguntas que escutamos no dia a dia quando o assunto é imposto sindical. Mas antes de responder as perguntas, é preciso que você entenda que os sindicatos no Brasil são divididos por categoria profissional e que os mesmos são obrigados por lei a negociar em benefício de toda a categoria que representam, independente de filiados ou não ao sindicato. Já em muitos outros países, os sindicatos são ecléticos, ou seja, para centenas de categorias e profissões, e que defendem e negociam apenas para os filiados.
Quero ainda destacar que os sindicatos são responsáveis por lutarem por melhores condições de trabalho, trazer benefícios por livre negociação, fiscalizarem abusos dos patrões, fiscalizar as condições de trabalho e cobrarem dos patrões a reposição salarial é melhorias de forma geral para toda a categoria. Sendo ou não filiado os benefícios são para todos.
Também é papel do sindicato, buscar resgatar os direitos da categoria, por meio de ações coletivas por exemplo. É o sindicato quem se utiliza de ferramentas de pressão, como greves e manifestações, para que as conquistas e benefícios cheguem até a categoria, filiados ou não. No entanto, tudo isso tem um alto custo, e alguém precisa pagar por isso para que o sindicato exista.
É necessário entendermos que somos um país continental e temos no Brasil 5.570 municípios, e em cada município temos centenas ou até milhares de profissões e categorias de trabalhadores, e por isso temos a necessidade de sindicatos que as representem. De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que trata do reconhecimento da existência de ocupações no mercado de trabalho brasileiro e que é publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estão devidamente registradas 2.558 profissões e carreiras profissionais. Seria impossível que apenas um sindicato eclético pudesse representar trabalhadores das mais diversas áreas, cada categoria com suas peculiaridades.
Considerando os 5.570 municípios, que há 2.558 profissões e carreiras profissionais, e comparando com os 11.327 sindicatos, podemos concluir que o número de sindicatos é insuficiente para atender aos trabalhadores. Por essa comparação numérica fica comprovado que há menos sindicato no Brasil do que o necessário. Nada mais do que justo que cada uma das categorias de trabalhadores tenha o direito de ser representada por seu sindicato específico no seu respectivo município, que saia em sua defesa, negocie e busque melhorias para sua profissão. 
Essa representatividade sindical por cada categoria de trabalhadores em seu respectivo município é fundamental para a defesa dos direitos, tendo em vista que, um único sindicato eclético para dezenas, centenas ou milhares de profissões levaria as categorias à ruína. O sindicato eclético acaba por não representar ninguém, apenas arrecada.
É justamente nessa linha, de enfraquecer o movimento sindical, que a reforma da Previdência está dando poder de negociação às comissões de fábricas com mais de 200 funcionários, ou seja, uma espécie de mini sindicato, criando assim mais de 1 milhão de sindicatos, um absurdo, tendo em vista que certamente será uma comissão patronal sem força para negociar e equilibrar a balança entre patrões e empregados. Qualquer pressão de algum membro dessa comissão e o resultado será o "olho da rua", então, os acordos passarão sobre o dissídio do sindicato e valerão mais que a CLT. Porém, o papel do sindicato é justamente dar o equilíbrio na negociação e evitar abusos patronais com as respectivas garantias.
É possível um sindicato sobreviver apenas de mensalidade? A grande verdade, na prática, é que são poucos os que querem pagar a mensalidade sindical, pois o sindicato tem a obrigação legal de defender o trabalhador, fazer o dissídio, acordo homologação, ações coletivas, entre outras. No entanto, o pensamento geral do trabalhador é: “Não preciso me filiar para usufruir desses benefícios que serão acordos para toda categoria”. E muitos só querem se filiar se houver algum benefício, como convênios e vantagens, esquecendo assim que não é esse o papel dos sindicatos, isso é função das associações, que além de convênios buscam benefícios apenas para os seus filiados.
Como presidente do Sindasp-SP, (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), vou usar nosso próprio exemplo para elucidar a questão. Hoje somos mais de 30 mil agentes penitenciários, porém, temos apenas 6 mil sindicalizados, no entanto, as dezenas de ações coletivas como dissídio, indenização, reposição salarial, aposentadoria especial, beneficiam não apenas os filiados, mas todos os agentes penitenciários. As lutas, como por exemplo, as dezenas de manifestações e as greves, têm custo muito alto, mas são pagas apenas pelos filiados, já que não recebemos o imposto sindical, e isso não é justo, tendo em vista que a categoria é composta por mais de 30 mil agentes penitenciários no Estado de São Paulo. E, todos esses mais de 30 mil agentes, são beneficiados com as conquistas, ainda que não paguem a mensalidade de sindicalizado.
Da forma como vem sendo apresentado pelo governo na reforma trabalhista pelo governo, o fim do imposto sindical parece uma ajuda benéfica ao trabalhador, mas na verdade não é. Hoje, o trabalhador colabora com as lutas da categoria doando um dia de trabalho que se refere ao imposto sindical. Enquanto isso, todos nós precisamos trabalhar 153 dias no ano para pagarmos os impostos ao governo. Portanto, não há nenhuma bondade em acabar com o imposto sindical, a verdade é que o objetivo é enfraquecer a resistência sindical que exige e resguarda os direitos do trabalhador. Não existe clamor popular contra o imposto sindical, o clamor popular é contra a corrupção. Como não há argumentos para acabar com o imposto sindical, restou apenas ao governo “argumentar” que tem sindicalistas roubando e enriquecendo às custas do imposto sindical. Ora, mas então não seria o caso de se investir em uma fiscalização rígida? Será que para acabar com o carrapato é preciso matar o cavalo? Que o governo fiscalize e “mate” os carrapatos e não o cavalo.
Entre as provas de que não existe nenhuma bondade na intenção de acabar com o imposto sindical é que o “sistema S” arrecada 23 bilhões e vai continuar intacto, mantendo todas as entidades sindicais patronais. O “sistema S” é formado por um conjunto de organizações das entidades que têm seu nome iniciado com a letra S. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).
E não me venha com a desculpa de que o “sistema S” é para cursos profissionais, pois a educação e capacitação lá são muito bem cobradas. Por outro lado, os 11 mil sindicatos de trabalhadores no Brasil dividem uma pequena arrecadação 2 bilhões com o imposto sindical. A comparação com os 23 bilhões chega a ser humilhante. E a humilhação será ainda maior com o fim do imposto sindical nas entidades dos trabalhadores. Então, como podemos falar em equilíbrio na balança entre patrões e empregados se a balança pende para apenas o patronato?
Quanto mais sindicatos mais se arrecada com o imposto sindical? Não, apenas divide-se o valor já arrecadado, com o novo sindicato mais específico ou de menor base territorial que pode assim melhor representar e negociar, ou seja quanto mais sindicato melhor a representação e não mais imposto sindical, com um sindicato mais específico ou de menor base territorial mais fácil para o trabalhador e mais facilidade de negociação na especificidade e nos problemas locais no município entre patrão e empregados.
O fim do imposto sindical é uma tentativa de desarticular a classe dos trabalhadores. A sobrevivência da representatividade dos trabalhadores está em jogo, ou então os sindicatos serão transformados em apenas uma associação que visa promover convênios, benefícios e vantagens, e não conquistas e direitos, desviando totalmente do objetivo constitucional a que foram criados, ou seja, um órgão de classe. O sindicato precisa do imposto sindical para que as lutas sejam cada vez mais intensificadas e os direitos dos trabalhadores exigidos.
Caso realmente seja decretado o fim do imposto sindical, os sindicatos trabalharão estritamente para seus filiados, buscando acordos de dissídio e ações coletivas, ou mesmo greves e manifestações para beneficiar somente aqueles que são sindicalizados, não é justo o trabalhador que não paga nada se beneficiar de resultados de luta sindical que ele não contribuiu.
Por fim, vale lembrar que 10% da arrecadação do imposto sindical é destinado ao governo, o que corresponde a R$582 milhões. Assim, o governo não perde nada com o imposto sindical, ou seja, pelo contrário, ele arrecada. No entanto, cabe aqui uma pergunta: qual o motivo então de o governo querer acabar com o imposto sindical e perder toda essa arrecadação? É no mínimo estranho.
O fim do imposto sindical é o fim da busca pelos dos direitos dos trabalhadores e o início de uma dependência patronal como nunca se viu.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sim, nós temos registro sindical!

20 anos. Esse foi o tempo que durou nosso sonho. Sonhamos com uma instituição sindical específica dos agentes de segurança penitenciária (ASP). E agora, isso não é mais um sonho, é realidade! Somos o Sindasp-SP, o representante oficial, específico é único dos ASPs em todo o Estado de São Paulo. O Ministério do Trabalho reconheceu nossa luta e enfim nos concedeu a carta sindical. (Leia reportagem completa nas páginas 6 e 7).





Foram 20 anos suportando a humilhação e o desprezo de uma insignificante instituição genérica que nunca se posicionou sobre quem pretendia defender. Se é que algum dia teve realmente pretensão de defender alguém.

Por muitas vezes fomos humilhados pelas redes sociais e chamados de associação de forma pejorativa. No entanto, essa instituição (se é que podemos assim chamá-la) nunca se apresentou na prática como sindicato dos agentes de segurança penitenciária, mas sim, como um “sindicatão genérico” querendo apanhar na rede todo tipo de servidor e ao mesmo tempo sem defender ninguém. Isso, por 20 anos, emperrou a categoria e a impediu de crescer, ser forte e independente.


Resumindo: sempre ficou na “moita” impedindo alguém de ocupar o espaço. Tanto é que barrou na Justiça um registro sindical que estávamos prestes a conquistar. Apesar de tudo, não desistimos e não fizemos o joguinho desse “sindicatão genérico” chamado Sifuspesp.

A verdade é que nesses anos todos o “sindicatão” sempre tentou impedir que estivéssemos à frente da categoria e viveu em função de nos desmobilizar, mas apesar do esforço nunca conseguiu. Tornou-se especialista em atrapalhar o trabalho sério feito pelo Sindasp-SP, muitas vezes mentindo nas redes sociais e em seu site. Fomos vítimas desse “sindicatão” que agora não pode mais falar em nome dos agentes de segurança penitenciária em todo o Estado de São Paulo, pois nosso registro sindical é de abrangência estadual, e assim vamos fazer cumprir o que determina o documento.


O Sifuspesp sempre se negou em participar de nossas pautas unificadas com o Sindcop e o Sindaevp. Sempre se sentiu a cereja do bolo e procurou agir sozinho. Desde 2009 que começamos a elaborar as pautas unificadas mas o “sindicatão” nunca respeitou a categoria e fugiu do compromisso de unificar a luta e fortalecer a categoria.

Sempre alegou ser representante oficial da categoria mas nunca ingressou com ações coletivas que pudessem beneficiar a todos os servidores. Qual o motivo de terem pedido o dissídio coletivo? Agora nós vamos fazer tudo isso! Vamos ingressar com ações coletivas para todos os agentes penitenciários, filiados ou não ao Sindasp-SP, pois nosso registro sindical nos dá essa legalidade e direito. Mas vamos fazer isso para mostrar que pensamos na vida, no bem estar e na família de cada servidor. Mesmo que muitos não queiram se filiar ao Sindasp-SP, vamos também beneficiá-los com essas ações. Queremos uma categoria forte, feliz e com seus direitos em dia.

Sim, nós temos registro sindical. Estamos inaugurando uma nova era e com um sindicato específico e único. E mais, se antes do registro sindical já trabalhávamos, agora então é vocês irão ver como é que se defende uma categoria. Podem esperar, o Sindasp-SP vai entrar com ação coletiva para toda categoria, filiados ou não, para corrigir o erro cometido que estabeleceu a conversão da Unidade Real de Valor (URV) e que levou os servidores a não receberam o devido reajuste em seus vencimentos. Vamos cobrar a recomposição de 11% das perdas a todos os servidores. Vamos pedir também as perdas de 14%da inflação nos últimos 5 anos, conforme laudo que encomendamos de um perito. 

Nossa carta sindical é um divisor de águas para a categoria. Faremos frente ao governo, cobraremos quando for preciso e faremos aquilo que jamais foi feito pelo Sifuspesp na história do sistema prisional. Vamos negociar nossas reivindicações diretamente com o governador.


Companheiros do sistema prisional, sejam bem vindos a uma nova era! Um novo tempo está chegando e temos a certeza de que vamos construir uma entidade poderosa que nos represente de verdade. Estamos construindo o maior sindicato do Brasil e você faz parte dessa história. Temos orgulho de contar com sua participação, você é muito importante para nós. Venha para o Sindasp-SP, o único e exclusivo sindicato específico do ASP.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Presidente do Sindasp é eleito vice-presidente estadual da Força Sindical



Carlos Vítolo
Assessor de Imprensa do Sindasp-SP


O presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, foi eleito no início da tarde desta quinta-feira (20) vice-presidente estadual da Força Sindical de São Paulo. O presidente reeleito foi Danilo Pereira.





A eleição de Pereira e Grandolfo ocorreu em Americana durante a realização do Congresso Estadual da Força Sindical. Cerca 200 instituições sindicais e 2 mil pessoas participaram do evento. Os eleitos foram cumprimentados pelo deputado federal e presidente nacional da Força Sindical, Paulo Pereira (Paulinho da Força). Grandolfo tomará posse na função no dia 1º de julho.





A eleição de Grandolfo é o reconhecimento do trabalho realizado pelo presidente do Sindasp-SP, em nível estadual e pelos cerca de 200 sindicatos que estiveram presentes no Congresso. Todos reconheceram a importância da atuação de Grandolfo e o crescimento do Sindasp-SP com o sindicalista à frente da presidência.





Também estiveram presentes no Congresso os diretores do Sindasp-SP, Donizete de Paula Rodrigues (Diretor Administrativo da Regional de São José do Rio Preto), Celso Antoniel (Diretor Administrativo da Regional de Lucélia), Ismael Manuel dos Santos (Diretor de Comunicação), Gilmar Pereira (Diretor Sócio-Cultural), Gláucio Reinaldo (Primeiro-Secretário), Luciano Rodrigues (Diretor Administrativo da Regional de São Paulo – capital), Andrey Rodrigues Silva (Suplente de Esportes) e o filiado José de Souza Correia Sobrinho.

Entre os dias 24 e 26 de julho acontece o 7º Congresso Nacional da Força Sindical e Grandolfo estará presente.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Artigo do Coronel Amauri Meireles sobre a Polizia Penitenziaria

Polizia Penitenziaria



​​
​​​​​​Amauri Meireles (*)

De 16 a 24 de fevereiro, em SP, ocorreu o II Encontro Bilateral de Agentes de Segurança Penitenciária de São Paulo (SINDASP-SP) e Polizia Penitenziaria Italiana. Os visitantes, à frente o Dr. Donato Capece, Secretário Geral do Sappe (Sindacato Autonomo Polizia Penitenziaria), vieram retribuir visita de membros do Sindasp à Itália, conhecer o Sistema de Administração Penal estadual (chamado de Sistema Prisional, Penitenciário, Carcerário, Administração Penitenciária – uma salada terminológica), trocar informações técnicas e trazer apoio à aprovação da PEC-308, que tramita no Congresso e visa a reconhecer normativamente a Polícia Penal no Brasil.

A Polizia Penitenziaria recebeu a atual denominação em 1990 e, ao lado dos Carabineiros, Polícia do Estado, Guarda de Finanças, Corpo Florestal é considerada uma força de segurança. Tem efetivo aproximado de 68.000 homens e mulheres, realizando custódia e ressocialização em 206 prisões para adultos e 19 para menores, contando com magnífica estrutura (viaturas, aeronaves, barcos) para essas atividades. A Itália tem 61 milhões habitantes, 65 mil presos para pouco mais de 40 mil vagas em estabelecimentos penais. No Brasil, o órgão de execução penal administrativa, nos estados, tem denominação diversificada, quase uma para cada Estado – outra salada. Há em torno de 100 mil agentes penais em 1400 estabelecimentos, via de regra, com péssima estrutura e condições degradantes (exceto os federais). Temos 194 milhões de habitantes, 549.577 presos e 299.073 vagas. Nossos índices são vergonhosos!

Em 21 de fevereiro o governador Geraldo Alckmin recebeu os policiais italianos e os membros do Sindasp-SP, em audiência no Palácio dos Bandeirantes. Dentre as autoridades presentes, o deputado federal Paulo Pereira (Paulinho da Força) e o secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Como pesquisador e articulista de Polícia Penal, convidado pelo sindicato paulista, manifestamos nosso ponto de vista ao senhor governador que o Sistema não está falido, mas, sim, na maioria dos Estados, abandonado, relegado e não está pior graças a iniciativas e denodado trabalho dos agentes penais. Porém, faltam a esses servidores uma identidade funcional e reconhecimento de sua autoridade profissional.

Lembramos que o governador Aécio Neves deu um passo importante, mas, tímido, criando a Superintendência da Guarda Penal de MG, sem abrigar os agentes penais numa Guarda Penal. Evidenciamos que o elo mais fraco no Sistema de Defesa Social é a Administração Penal, a Polícia Penal, cuja vulnerabilidade pode inviabilizar o trabalho das demais polícias. O senhor governador Alckmin entendeu ser fundamental seu apoio à aprovação da PEC-308.

As Diretorias Executivas do Sindasp-SP e do Sappe estão organizando-se para realizar o primeiro encontro internacional das polícias penais, para discutir legislação, planos e procedimentos peculiares à Administração Penal no mundo.

São Paulo percebeu que, mais importante que estartar, é ousar!

​​​​​​(*) Coronel da Reserva da PMMG

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Visita da Polícia Penitenciaria Italiana na Impresa

RECORD da cobertura completa da Polizia Penitenziaria



SBT FAZ COBERTURA NO SINDASP DA VISITA DA POLICIA PENITENCIÁRIA ITALIANA




TV GLOBO - POLICIA PENITENCIARIA ITALIANA